Nos últimos dois anos, o Brasil fechou mais empresas que abriu. Cerca de 713,6 mil baixaram as portas, deixando um rastro de 1,6 milhão de pessoas desempregadas. Apesar de o empreendedorismo ser a bandeira levantada por muitos, devemos dizer que, sem estratégia automatizada, é difícil sobreviver às exigências do mercado atual. Por isso, todo empreendedor deve se atentar para o conceito de inteligência das coisas.
Depois da internet, os processos, os comportamentos e até a linguagem foram alterados significativamente. Isso, de certo modo, impulsionou o surgimento de novas tecnologias, que pudessem contribuir com essa evolução expressiva e irreversível. Sim, vivemos um caminho sem volta — hoje é praticamente impossível não sentir os efeitos disso nos negócios.
Para que você tenha uma ideia, neste ano, o investimento global estimado para o setor de tecnologia deve chegar a quase US$ 4 trilhões, representando um crescimento de 4,5%. Só a Microsoft vai liberar US$ 3,5 milhões para as startups de inteligência artificial (IA). Ou seja, se quiserem ter sucesso, os empreendedores têm que se adaptar a essas transformações.
Neste artigo destacaremos o conceito de inteligência das coisas e você ainda vai ficar por dentro da utilidade disso nos negócios. Mas, antes, você precisa entender alguns conceitos, como AI e IoT. Vamos lá?
O que é inteligência artificial?
Quando a gente pensa em IA é comum vir à mente alguns flashes do premiado filme de ficção dirigido por Steven Spielberg, não é mesmo? Na trama, o garoto chamado David é o primeiro robô a ser programado para amar.
Comparação à parte, mas sem perder o foco do que queremos expor, destacamos que a inteligência artificial, resumidamente, é a capacidade que as máquinas têm de aprender a raciocinar e decidir como os seres humanos.
O termo começou a ser difundido na década de 50 pelo professor John McCarthy, considerado um dos “pais” da inteligência artificial.
O objetivo disso era destacar a utilidade das máquinas na resolução de problemas, que até então eram trabalhados somente por humanos.
Só que para evoluírem a esse ponto eram necessários três elementos fundamentais:
- modelos de dados apropriados: a fim de que pudessem identificar, processar e averiguar de maneira inteligente;
- alto volume de dados não processados: com o propósito de alimentar os formatos e melhorá-los;
- sistema potente acessível: no intuito de gerar rapidez e eficiência a um custo menor.
Hoje, isso é possível porque a junção de cloud computing (ou computação em nuvem) com big data, por exemplo, aliado a modelos de dados relevantes, geram máquinas altamente capacitadas e inteligentes.
Inclusive, recentemente o Google apresentou sua mais nova criação: AutoML, o robô capaz de criar outras inteligências artificiais. Não para por aí, pois muitas são as novidades relacionadas que chegam frenéticas ao mercado, impactando setores da saúde, educação, transporte, agricultura, comércio, entre outros.
O que é internet das coisas (IoT)?
No dia a dia, compartilhamos informações online com frequência, seja por dispositivos móveis ou não. E, no fim das contas, tanta coisa conectada gera um alto volume de dados, tornando a massa de conhecimento ainda maior, certo?
Mas para viver no mundo contemporâneo com agilidade e precisão é necessário filtro. É aí que entra em cena a IoT, que combina sistemas automatizados com o propósito de coletar, analisar e gerar respostas relevantes.
Em outras palavras, a internet das coisas amplia a conectividade, permitindo uma comunicação direta entre vários equipamentos, assim proporcionando maior qualidade de vida e economia para os usuários.
A expressão ganhou notoriedade depois de uma apresentação do pesquisador britânico Kevin Ashton, em 1999, quando ele falava para executivos da Procter & Gamble sobre a ideia da etiqueta eletrônica como forma de facilitar o sistema de logística. De lá para cá, a tecnologia foi adotada em diversos segmentos.
Você sabia que atualmente é possível otimizar melhor o tempo dos usuários de metrô, a partir do bilhete eletrônico, por exemplo? O que acontece é que o sistema consegue solucionar o problema de espera ao realizar o somatório da quantidade de pessoas que atravessaram a catraca ao longo do dia.
O que é a inteligência das coisas?
De uma forma resumida, podemos dizer que a inteligência das coisas é a soma de IA + IoT. Logo, trata-se de um conceito que utiliza algoritmos de inteligência artificial para ajudar na operação de equipamentos e facilitar as tomadas de decisão, possibilitando a execução de tarefas simples ou não.
Ou seja, as informações são geradas no sentido de promover produtividade, eficiência, integração de sistemas, economia e rentabilidade — mas sem que, para isso, seja necessária a intervenção humana na detecção de falhas ou ajustes.
O conceito foi desenvolvido e registrado pela Aliger, que utiliza os dados com o propósito de fazer curadoria e orientar os clientes sobre uso das melhores tecnologias.
Grandes empresas como Uber e Airbnb já utilizam a inteligência das coisas em suas operações. Em 2016, a Uber anunciou o serviço de carros que não precisa de motoristas. Parece surreal, mas já é realidade.
Já pelo aplicativo da Airbnb as pessoas anunciam, exploram e reservam imóveis diretamente de pelo celular. Além disso, a empresa utiliza o método machine learning (ou aprendizado automático), que sugere para o usuário, com base na combinação de dados, os valores que podem e devem ser cobrados pela acomodação.
Pense em como isso também beneficia o setor varejista. Numa prateleira, por exemplo, o sistema de inteligência é capaz de detectar a saída de produtos e acionar o reabastecimento direto do estoque. Logo, elimina as possibilidades de erros e ruptura nas vendas.
Hoje em dia, uma empresa que preza pelo crescimento pontual e seguro precisa se atentar para os benefícios da inteligência das coisas, pois o futuro é agora e esses recursos estão ditando a permanência dos negócios no mercado. Afinal, o gestor tem a chance de analisar dados factuais, em tempo real, a fim de antever possíveis riscos e grandes oportunidades.
Isso deixa claro que a época atual não pertence àqueles que têm informação, mas aos que primam por conteúdos relevantes. Afinal de contas, a curadoria dos dados é o processo que torna toda essa massa de conhecimento algo útil.
Por isso, a contribuição da inteligência das coisas é imprescindível para gerar vantagem competitiva. Dessa forma, todo empreendedor deve buscar auxílio especializado, pois os profissionais do ramo já estão habituados com esse cenário de revolução tecnológica.
Este conteúdo foi interessante para você? Viu como a inteligência das coisas faz a diferença em qualquer negócio? Então, aproveite a oportunidade: entre em contanto com a gente e veja como podemos ajudar!