A singularidade tecnológica na inteligência artificial
A singularidade tecnológica se refere ao surgimento de máquinas superinteligentes com capacidades que não podem ser previstas pelos seres humanos.
O que é singularidade tecnológica e o que eu tenho a ver com isso?
Você sabe o que é singularidade tecnológica? Talvez, você não saiba definir esse conceito em poucas palavras, mas muito provavelmente, você já teve algum tipo de contato com o tema. Esse conceito está presente em diferentes filmes de ficção, na literatura futurista, documentários sobre os avanços da ciência, enfim, não seria exagero supor que você, em algum momento, já foi exposto a esse conhecimento, mesmo sem ter consciência disso. Mas, afinal, o que é singularidade tecnológica e o que você tem a ver com isso? Acredite, todos nós estamos de alguma maneira conectados a ela, sofrendo sua influência diariamente, muito mais do que imaginamos. O objetivo deste artigo é apresentar quais são os avanços e características da teoria da singularidade tecnológica. Você vai entender como a inteligência artificial se desenvolveu ao longo do tempo e quais as previsões de sua evolução para o futuro. O que é a singularidade tecnológica? Singularidade é um termo que já é utilizado pelas ciências há muito tempo, mais corriqueiramente pela ciência física. A sua aplicabilidade se refere às situações em que o raciocínio humano não consegue mais, digamos assim, conceber a estrutura e o funcionamento de certos fenômenos naturais e exprimi-los por meio de teoremas e equações matemáticas plausíveis. O exemplo mais clássico do seu uso pela física moderna é no estudo da composição do interior dos buracos negros. Nesse extremo físico de alta densidade, é impossível descrever, com algum grau de certeza, qual é o comportamento das leis naturais conhecidas. Sendo assim, podemos entender que o uso do termo singularidade exprime certa incapacidade humana de compreender e prever o funcionamento de um fenômeno. Com o tempo, os futurologistas passaram a lançar mão dessa ideia científica para exprimir as suas previsões sobre um determinado momento histórico, não muito distante, em que ocorrerá a superação do raciocínio humano pela tecnologia. Grosso modo, é sobre isso que a singularidade tecnológica diz respeito. Um provável ponto na história, em que as máquinas, ou melhor, a inteligência artificial, vai extrapolar o nível de conhecimento e habilidades cognitivas dos seres humanos. Adivinhações acerca do futuro não são área de competência do estudo científico. O máximo que pesquisadores se arriscam a fazer é emitir opiniões sobre probabilidades que sejam mais ou menos embasadas. No entanto, é curioso e até mesmo impressionante constatar o consenso existente em torno do surgimento da singularidade tecnológica. Não são poucos os cientistas que são taxativos ao afirmar que não se trata de uma questão de “se” um dia a singularidade surgir, mas sim, uma questão de “quando” ela vai ocorrer. Segundo esses pesquisadores, o avanço acelerado da tecnologia e sua integração com as mais variadas áreas do conhecimento levaram, inevitavelmente, à concretização desse momento ímpar da história. À medida que o progresso científico avança em velocidades exponenciais a cada ano, também fica cada vez mais difícil para os cientistas teóricos e futurologistas conceber até que ponto essa revolução tecnológica pode influenciar nossa espécie. Todo o nosso estilo de vida como o conhecemos, nossa civilização, nossas leis, enfim, o próprio conceito sobre o que é a humanidade está passível de ser revisto com o advento da singularidade. Apesar de certo grau de consenso entre a comunidade científica, é preciso deixar claro que isso tudo é apenas uma teoria. Existem pesquisadores que afirmam não acreditar na possibilidade da existência de algo como a singularidade. O máximo que visualizam para o futuro são maiores capacidades de velocidades de processamento. Para estes, ainda que assumam a plausibilidade teórica do tema, é mais provável que o desenvolvimento da tecnologia encontre obstáculos intransponíveis que inviabilizam o seu desenvolvimento até esse estágio de singularidade. A baixa demanda por sistemas mais avançados poderia desestimular o investimento em pesquisas relacionadas à IA (Inteligência Artificial), por exemplo. Também é possível que outras catástrofes de ordem econômica ou política, como guerras e problemas ambientais, destruam a humanidade e a sua ordem social antes mesmo que seja possível algo como a singularidade surgir. Enfim, segundo esses pesquisadores, existe uma grande diferença entre acreditar que algo é possível no campo das ideias e sua aplicabilidade prática. A simples formulação teórica não significa que esta seja possível no mundo real. Frente a tantas variáveis que podem interferir no desenvolvimento e posterior surgimento da singularidade tecnológica, a sua não existência também se torna algo plausível. Como é a história do conhecimento? A curiosidade sempre foi o motor propulsor do conhecimento humano. A observação dos fenômenos da natureza gera indagações a respeito da finalidade da vida e a busca por um senso de propósito. O espanto ante ao desconhecido levou o ser humano à formulação de explicações para os fenômenos que o cercava. A criação de mitos foi, durante muito tempo, a principal maneira pela qual se obtinham explicações e se encontrava propósito ante essas inquietações próprias do seu ser. Na antiguidade clássica, com o desenvolvimento da filosofia, houve a elevação do corpo de conhecimentos a um novo patamar, mesmo que ainda impregnado pelos mitos de outrora. Entre os pensadores dessa era, muitos são citados até hoje pelas suas contribuições à física, astronomia, matemática e filosofia. São eles: Tales de Mileto, Sócrates, Platão e Aristóteles. Ao longo da história, o avanço produtivo e as necessidades tecnológicas também impulsionaram o desenvolvimento das ciências. Já na Europa, o Iluminismo surge como alternativa às visões míticas do universo e dão lugar a uma cosmologia mais fundamentada na razão. Expoente máxima desse momento histórico é a descrição do discurso sobre o método de René Descartes e o surgimento das enciclopédias, que procuravam condensar e divulgar os conhecimentos da época ao máximo de pessoas. Nos séculos subsequentes, o progresso tecnológico e científico tornou-se a principal característica do desenvolvimento humano. Desde de surgimento da ciência no século VI com Tales de Mileto, até os avanços de Galileu Galilei, Isaac Newton, Alexander Fleming e Einstein, mudanças profundas em termos econômicos e políticos surgiram nos mais diferentes países, graças à explosão tecnológica da revolução industrial e o desenvolvimento do livre mercado. Em 1950, o matemático húngaro John Von Neumann incutiu a