A ciência da inovação: A busca contínua por inovação em produtos, modelo de negócio, processos e o investimento constante em pesquisa e desenvolvimento não são opções descartáveis no mundo dos negócios. O acirramento da competição exige cada vez mais das empresas, e o uso de tecnologias emergentes tem se mostrado um fator diferenciador primordial.
As empresas que desejam perpetuar-se em seus ambientes de atuação não podem se contentar apenas em eficiência. A vantagem competitiva agora é construída com base em sua capacidade de monitorar, prever e superar os movimentos do seu mercado lançando mão de novas tecnologias.
O que são tecnologias emergentes
São tecnologias de grande potencial de impacto e crescimento. Em sua maioria, já apresentam aplicações práticas, mas são pouco exploradas. Essas tecnologias geram grande interesse por parte de investidores e empreendedores, e na prática, podem mudar a forma como as empresas operam já nos próximos 5 ou 10 anos.
Os benefícios da utilização dessas tecnologias não representam apenas ganho de eficiência como a automação, mas também ampliam as possibilidades de atuação da empresa como um todo. São possíveis novos modelos de negócio, novas propostas de valor, percepções de marca, experiências de compra, novos arranjos produtivos, etc.
A seguir listamos 3 exemplos das principais tecnologias emergentes com maior crescimento e evidência hoje. Você conhecerá o conceito e os principais benefícios para a assertividade dos negócios.
IA — Inteligência Artificial
Resumidamente, a IA almeja reproduzir as capacidades cognitivas humanas em máquinas. As subáreas desenvolvidas a partir daí variam desde tecnologias de visão computacional até o aprendizado de máquinas e a computação cognitiva, por exemplo. Com elas, é possível que máquinas reconheçam padrões, imagens, fala e refinem seu próprio algoritmo.
Nos negócios, sistemas de IA podem ser aplicados no controle e na reposição de estoques, no controle da qualidade, na eliminação de processos de checkout em caixas no setor de varejo, em sistemas de segurança e muitos outros.
IoT — Internet of Things
A internet das coisas permite a conectividade de objetos físicos com a internet, possibilitando a coleta e transmissão de dados em tempo real.
Big data e analytics
São soluções que trabalham grandes quantidades de dados com o intuito de retornar informações mais refinadas, que sirvam de subsídios para a tomada de decisões.
Curva de adoção
Nem tudo são flores na aplicação de novas tecnologias no mundo dos negócios. Apenas a utilização de uma tecnologia emergente não garante o sucesso de um empreendimento. Antes é preciso entender que toda inovação tecnológica segue uma curva de adoção por parte do público.
Sendo assim, o tempo para adoção de um novo produto dependerá do seu mercado alvo e das estratégias de comunicação e marketing adotadas. O professor de psicologia Everett M. Rogers desenvolveu, em 1962, a teoria chamada de difusão de inovação, conhecida como curva de adoção.
Seu objetivo era descrever o comportamento relacionado à adesão às inovações. Rogers desenvolveu um modelo que pode ser utilizado em diferentes sociedades, no qual os indivíduos são classificados em 5 perfis diferentes, segundo a sua maior ou menor velocidade para aderir a uma inovação.
São eles: inovadores, primeiros adeptos, maioria inicial, maioria tardia e retardatários. O estudo desses perfis e o desenvolvimento de estratégias de marketing específicas para cada momento da curva de adoção são essenciais para o sucesso da difusão das inovações pretendidas por um negócio.
A ciência da inovação
Na visão do professor Clayton Christensen, da Harvard Business School, inovações de ruptura transformam produtos outrora inacessíveis e economicamente inviáveis em grandes sucessos de vendas. Isso contraria o senso comum de que a inovação se resume apenas a novas invenções ou habilidades criativas.
A ciência da inovação busca sistematizar a forma como as inovações são geridas nas organizações, baseando-se em informações e experiências passadas e no desempenho do seu mercado (clientes, concorrentes, benchmarks).
Mais do que apenas um processo interno, ela estabelece um ciclo contínuo de mensuração, testes e colaboração em todos os aspectos do negócio, integrando atividades de pesquisa e desenvolvimento em algo comercialmente viável, incrementando sua proposta de valor.
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