O Problema do ChatGPT

O novo modelo demonstrou uma pontuação mais elevada em termos de confiabilidade

Nos últimos meses, temos acompanhado o lançamento de várias ferramentas que usam inteligência artificial para gerar imagens, textos e até vídeos.

Contudo, poucos lançamentos tiveram o mesmo destaque ou popularidade que o ChatGPT teve, por mais que a sua principal função seja gerar textos através de IA generativa.

Assim, isso também provavelmente fez da OpenAI (criadora do modelo GPT) uma das empresas mais bem-sucedidas desse ramo.

Desse modo, agora a OpenAI, com seu modelo GPT-4, conseguiu elevar os padrões de confiabilidade em relação ao seu antecessor, o GPT-3.5.

O novo modelo demonstrou uma pontuação mais elevada em termos de confiabilidade, o que é um passo significativo em direção à criação de inteligências artificiais mais confiáveis e robustas.

Qual é o Problema do GPT-4?

Antes de tudo, no campo da inovação tecnológica, é sempre bom destacar que lançamentos, em geral, são acompanhados de desafios.

O GPT-4 apresentou uma maior suscetibilidade a manipulações, jailbreak (tentativas de remoção de restrições), preconceito e, em alguns casos, vazamento de informações privadas.

Essa vulnerabilidade é um lembrete importante de que, à medida que a tecnologia avança, questões relacionadas à segurança, ética e privacidade tornam-se cada vez mais cruciais.

Os testes realizados com o modelo foram feitos por pesquisadores da Universidade de Illinois Urbana-Champaign, Universidade de Stanford, Universidade da Califórnia, Berkeley, Centro de Segurança de IA e Microsoft Research.

A pesquisa está disponível no site da Cornell University e mostra um amplo espectro de testes abrangentes, visando aprofundar a compreensão das capacidades, limitações e confiabilidade do GPT-4.

Por que isso é importante?

Essas avaliações são essenciais para compreender o desempenho do modelo em diversas áreas, desde a geração de texto até a capacidade de resposta a comandos específicos.

A equipe de pesquisa informou ao site The Verge, que enviaram os resultados do teste para a OpenAI com objetivo garantir que esses sistemas se tornem cada vez mais seguros.

Até porque a troca de conhecimento e a pesquisa colaborativa representam pilares fundamentais na evolução da inteligência artificial no mundo contemporâneo.

Nesse sentido, em nota publicada no The Verge, a equipe de pesquisa informou:

“Nosso objetivo é encorajar outros membros da comunidade de pesquisa a utilizar e desenvolver este trabalho, potencialmente prevenindo ações nefastas de adversários que explorariam vulnerabilidades para causar danos.”

De acordo com a perspectiva da equipe de pesquisa, os testes desempenham um papel crucial no processo de identificação e compreensão das vulnerabilidades inerentes às tecnologias fundamentadas em inteligência artificial.

Essa compreensão serve como um ponto de partida essencial para o desenvolvimento de soluções mais eficazes e menos propensas a riscos.

O ChatGPT Ainda Tem Solução?

Ao que parece, o grupo tem um forte desejo de colaborar com outros interessados no campo da IA para alcançar esse objetivo compartilhado.

Com essa finalidade, eles optaram por disponibilizar publicamente os padrões e critérios de avaliação que utilizaram para mensurar o desempenho da tecnologia.

Assim, a decisão de publicar esses padrões de referência tem a intenção de incentivar a participação de outras pessoas, pesquisadores e organizações na replicação e avaliação dos resultados.

Modelos de IA, como o GPT-4, frequentemente passam por esses processos, nos quais os desenvolvedores testam diversos prompts para avaliar a possibilidade de gerar resultados indesejados.

Enfim, ainda no seu lançamento, o CEO da OpenAI, Sam Altman, reconheceu que o GPT-4 ainda apresenta falhas e limitações.

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